sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A vida de palhaço do professor no Brasil


Dia 24/02/11, o ministro Fernando Haddad anunciou o novo piso salarial dos professores, que será de R$ 1.187,97 em 2011.O valor representa alta de 15,84% sobre os R$ 1.024,67 adotados no ano passado.
Não se alegre caro colega. Vamos por partes...
No discurso de posse, a presidente Dilma defendeu a valorização do professor com remuneração digna e formação continuada:

"[...] Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da Educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a Educação das crianças e dos jovens.
Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento". (Dilma Rousseff, 1º de janeiro de 2011)

Pensei... Nossa, agora vai, não vamos mais estar na "rabeira da cadeia profissional".
Então vem o anúncio do piso que o MEC , por lei não pode decretar esse aumento. Para Luiz Araújo,assessor de financiamento educacional da Undime: "Como fazem uma lei sem indicar quem decreta o reajuste? (...)"
Irônico?

Está aí rindo? Hummm... Chorando? Indignado? Marginalizado? Desvalorizado???!!!!!!!!
Calma, há uma série de providências repasses, despachos que o Mec fará.
Tem mais, segundo o CNTE (Confederação dos Trabalhadores em Educação) o valor atualizado do piso deveria ser R$ 1.597,87, considerando a aplicação do percentual de 21,71% sobre R$ 1.312,85, praticado em 2010.

O Professor Dermeval Saviani, em entrevista à Nova Escola, aborda dois pontos importantes em se tratando de políticas de valorização do magistério: 1º) Aumento do piso, jornada de trabalho reduzida em 50 % e o restante para preparar aulas, avaliar a aprendizagem dos alunos, relacionar-se com a comunidade, além de participar da elaboração e da implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola.
2º) Aumentar significativamente e de forma imediata os recursos destinados à Educação. O aumento de recursos certamente não é uma condição suficiente, mas é, inegavelmente, condição prévia, necessária e indispensável.
Saviani conclui: "Esperemos, então, que a presidenta Dilma reverta a meta de 7% enunciada no projeto de PNE e destine para a Educação, já no orçamento de 2012, o índice de 10% do PIB aprovado por unanimidade na Conferência Nacional de Educação (CONAE) no início de abril de 2010. Com essa decisão ela estará tomando uma medida de impacto."

=== PARTE 2 ====
Presidenta, olhe por nós professores, faça com que a Educação seja tratada como uma questão de Estado!!
Nos ajude a não desistir...
Por Paulo Freire, Amém!!