terça-feira, 10 de abril de 2012
Declaração de amor a Pedagogia
Eu juro,
Juro que criei esse blog para escrever descontraidamente, ludicamente, poeticamente.
Desisti, porque escrever assim, é vocação.
Não me pergunte a razão, não sei, só sei que prefiro leitura técnica, escrita técnica, especialmente relacionado a Pedagogia, essa senhora idosa, geniosa e complexa.
Minha vocação é a pedagogia... com todos os seus percalços.
Essa senhora me cativou desde muito cedo, e uma vez junto dela, conheci muitos teóricos que constituíram a profissional que sou hoje.
Mas, não sou cega, sei que a Pedagogia precisa ser repensada, a escola pública renovada, socialmente a escola só será reconhecida quando der o retorno que a sociedade precisa: ensinar; e as políticas públicas deveriam contribuir para isso.
Nóvoa, em seu texto, Pedagogia: A Terceira margem do rio diz que "o maior desafio da Pedagogia hoje é ensinar os que não querem aprender" e argumenta ainda que, uma pedagogia nas mãos dos professores conseguirá reintroduzir sentido na escola e nas aprendizagens...Todos os personagens envolvidos devem dar sua parcela de contribuição, com ética, compromisso.
Hoje ouvi discursos que me preocuparam,e me remeto a Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia): "Um dos piores males que o poder público vem fazendo a nós, no Brasil, historicamente, desde que a sociedade brasileira foi criada, é o de fazer muitos de nós correr o risco de, a custo de tanto descaso pela educação pública, existencialmente cansados, cair no indiferantismo fatalistamente cínico que leva ao cruzamento dos braços. "Não há o que fazer" é o discurso acomodado que não podemos aceitar.
A luta é grande e árdua, muito há o que fazer, mas juntos podemos muito. A vida é assim, dura e doce, leve e pesada, desistir é a maior das derrotas.
Por Paulo Freire,
Amém!
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